quarta-feira, 4 de junho de 2014

Iluminismo Ascensão da Burguesia


A chamada Idade Moderna, na Europa, foi vivida sob a égide de dois componentes essenciais e complementares, o Estado absolutista e o mercantilismo. A integração entre esses dois elementos é o que dá a tônica e a significação histórica do período.
A monarquia absolutista definiu-se pelo seu próprio caráter social. Tratava-se de um Estado nobre, no qual a velha nobreza feudal encontrava-se resguardada por um Estado forte, capaz de garantir suas terras e privilégios, bem como seu poder político e a contenção das revoltas camponesas.
Para isso, a nobreza abriu mão de uma série de características feudais, como a autonomia política e militar, adaptando-se a uma nova forma de domínio, na qual, em troca da autonomia perdida, gozava de uma série de regalias que só poderiam ser concedidas por um Estado forte e centralizado.
Ao mesmo tempo, a sustentação efetiva do Estado dependia de sua capacidade de manter um exército poderoso, a administração eficiente e a justiça sob controle e de abrir estradas que permitissem ao rei o acesso aos vários cantos do país. Tudo isso gerava a necessidade de que o Estado tivesse uma arrecadação capaz de suprir os recursos necessários à manutenção dessa estrutura.
Trata-se de um momento transitório, no qual a atividade feudal - decadente, mas ainda fundamental - convivia com uma crescente atividade mercantil. Entretanto, deve-se considerar que a agricultura, a atividade feudal, a terra, enfim, estava nas mãos da nobreza, que tinha como um de seus privilégios a isenção do pagamento de tributos. Assim, tudo o que o Estado arrecadasse proviria, necessariamente, da atividade mercantil, a qual teve que ser, portanto, dinamizada.



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